sábado, 17 de setembro de 2011

A pirâmide trófica

A PIRÂMIDE TRÓFICA

A relação existente entre os organismos marinhos por meio da transferência de energia e matéria orgânica pelo processo alimentar é denominada de cadeia trófica, ao longo da qual esses organismos são distribuídos em diferentes níveis tróficos.
Em oceanografia descritiva, convencionou-se representar essa cadeia/rede por meio de uma pirâmide, tendo em vista que, na transferência de energia de um ní- vel trófico a outro, há grande perda de energia, sendo necessária grande população de determinado nível trófico para sustentar uma população menor, do nível trófico imediatamente superior. Uma pirâmide ilustraria, portanto, o tamanho relativo dos diferentes níveis tróficos de uma cadeia alimentar.

Uma representação simplificada dessa cadeia poderia ser dada pelo fitoplâncton (nível 1: produtor primário), representando a sua base, pelo zooplâncton (nível 2: con- sumidor primário), por um pequeno peixe pelágico, como a sardinha (nível 3: consu- midor secundário), e por um grande peixe pelágico, como o atum (nível 4: consumidor terciário), representando o seu ápice. Levando-se em consideração que o objetivo bási- co da atividade pesqueira é o de fornecer alimento de elevado teor protéico ao homem, ele poderia ser inserido nessa cadeia, representando o seu último nível trófico.
Em ecossistemas marinhos, a eficiência de transferência de energia é mais alta na base da cadeia trófica do que nos níveis mais elevados. Dessa forma, estima-se que, entre os produtores e os consumidores primários, essa eficiência seja de cerca de 20%, enquanto que nos níveis mais elevados ela atinge valores que variam entre 10 e 15%. Isso significa que a maior parte da energia (de 80% a 90%) é perdida entre os diferentes níveis tróficos, por meio de processos biológicos como respiração, excreção e morte.
Outra característica importante reside no fato de que o tamanho dos indivíduos de uma cadeia alimentar geralmente aumenta com os níveis tróficos, e seus ciclos de vida tornam-se mais longos. Assim, partindo-se da base de uma cadeia, temos o fitoplâncton, com um ciclo de vida de poucas horas ou dias, o zooplâncton, com algumas semanas ou meses, os peixes, com ciclos de alguns anos e, no seu ápice, os mamíferos, que
apresentam um ciclo de vida bastante longo, podendo alcançar vários anos.

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