sábado, 17 de setembro de 2011

Fotossíntese: a fábrica da vida no mar

FOTOSSÍNTESE: A FÁBRICA DA VIDA NO MAR

Grande parte da vida nos oceanos depende, direta ou indiretamente, da atividade fo- tossintética, uma vez que a produção de matéria orgânica por meio desse processo re- presenta a quase totalidade da produção primária observada nesse vasto ambiente. Não é por acaso, portanto, que a atividade fotossintética é considerada como verdadeira fábrica de vida marinha, convertendo material inorgânico (nutrientes como nitrato e fosfato) em orgânico (como lipídios e proteínas), por meio de reação química representada de forma bastante simples pela seguinte equação: 6CO2 + 6H2 O =>C6H12O6+ 6O2.
Entretanto, embora a fotossíntese seja a principal responsável pela produção primá-
ria nos oceanos, algumas bactérias também contribuem, mesmo que em proporções bem menores, para a produção de matéria orgânica pelo processo chamado quimiossíntese.
Entre os produtores primários que realizam a fotossíntese (fitoplâncton, macroalgas e plantas vasculares, por exemplo), o fitoplâncton, representado por algas microscópicas que vivem na coluna d’água e ao sabor das correntes, é o produtor dominante, sendo, em conseqüência, a base de toda a cadeia alimentar marinha, disponibilizando grandes quantidades de biomassa primária para os outros níveis tróficos (ver Quadro 5).
Embora o fitoplâncton esteja presente em todas as regiões oceânicas, inclusive sob o gelo nas regiões polares, alguns parâmetros, como a luz e a concentração de nutrientes, são consi- derados como fatores limitantes à produção primária no ambiente marinho, interferindo, de forma indireta, em toda a cadeia alimentar marinha. No que diz respeito à luz, a quantidade de radiação solar é essencial à fotossíntese e afeta diretamente a quantidade e a taxa de realização desse processo. Como a sua intensidade diminui de forma acentuada com o aumento da pro- fundidade, a realização da fotossíntese e, em conseqüência, da produção primária, está limitada aos primeiros 200 m da camada superficial dos oceanos (zona eufótica). Os nutrientes, por sua vez, são essenciais ao crescimento e à reprodução do fitoplâncton. Entre os principais, o nitrato e o fosfato são considerados como os mais utilizados pelo fitoplâncton e os que mais limitam a produção primária, embora o silicato tenha também sua importância para o grupo das diatomá- ceas, uma vez que são empregados na construção de suas “carapaças” (frústulas).
Nos oceanos, as classes Bacillariophyceae (diatomáceas) e Dinophyceae (dino- flafelados) são as formas mais representativas do fitoplâncton, tanto em abundância
quanto em número de espécies.

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